Eu comprei uma boiada Zebu de minas gerais Com destino a porto velho O sertão dos seringais De trem até mato grosso Depois dali não deu mais Foi quatro peões comigo Desviando os pantanais Valentes por natureza Por isto eu tinha certeza De chegar com os animais
Setenta dias de viagem Homem valente é um aceio Chapéu quebrado na testa Meu pingo mascando freio Cinto rodeado de bala Pronto pra um tiroteio Remédio contra malária De nada eu tinha receio Miava onça no mato Puxava o quarenta e quatro Cortava a fera no meio
Um dia me deu tristeza A tropa estorou na estrada Um companheiro rodou ou por cima a boiada Tirei meu laço dos tentos Prendi ele numa armada Puxei do meio do gado Ja não adiantou mais nada A tropa foi reunida E o companheiro da lida Morreu com a espinha quebrada
Na beira do igarapé Enterramos o parceiro Nossa jornada seguiu Mas ficou o companheiro Chegamos em porto velho Vendi o gado a um fazendeiro Pra esposa do finado Entreguei todo o dinheiro Me despedi da pionada Nunca mais toquei boiada Em homenagem ao tropeiro
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) (SOCINPRO)Editor: Editora Internacional Teixeirinha Ltda (SOCINPRO)Publicado em 2008 (15/Out) e lançado em 1973ECAD verificado obra #1500483 e fonograma #1429463 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM
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