Quando a poeira assenta-se, as nuvens se dispersam

Permanecem como um peso forçado em cima de nós

Esmagando nossos ossos

Sempre os mesmos olhos vítreos e olhares vazios

Almas vazias drenadas do que antes foram

Essas palavras penetram minha pele como balas

Uma explosão vermelha de nosso uníssono

As feridas persistem

Dias que não acabam nunca, olhos fitando o asfalto

As marés levadas aos nossos pés

Continuam plantadas na areia

A faísca acende, presa em uma porta giratória

Atraída pela escuridão disfarçada

O único salvador que resta

Olhos batem nas poças profundas em que nos afogamos

A repetição faz toda a atenção desaparecer

O nevoeiro desvela crenças internas

Siga-nos em desespero

Ou tome os reinados para nos libertar dessa dor

A liberdade que eu procuro - nunca pego

Ajude a suavizar o golpe

O conforto que busco

Escondido no fundo do caminho em que eu vagueio

A incerteza me domina, meu amigos, meu inimigos

Deixam-me quebrado e destruído

O plano de vida me falha, essa fera que tornei-me

O espelho revela uma alma destruída

Olhos queimando de êxtase

Tudo está disponível para limpar minha mente

Mas você ainda me atrai para a minha senhora da miséria